Itaguaí resgata memória da família Tupinambá

A Casa de Cultura de Itaguaí realiza na sexta-feira (23/09), o lançamento da transcrição de um livro sobre a família Tupinambá, descendente do conde de Itaguaí e uma das mais antigas do município. A moradora Margarida Tupinambá, de quase 80 anos, índia de ‘sangue nobre’, marcará presença no evento, previsto para começar às 15h. A neta ilegítima de Antônio Dias Pavão explicará como foi o relacionamento dentro dos porões que deu origem à sua descendência do primeiro e único barão, visconde com grandeza e conde do município. A ação faz parte do projeto “Memória Viva de Itaguaí”.

A partir do livro de atas da Câmara Municipal, do ano de 1853, o historiador da prefeitura, Gustavo Moreira, conseguiu informações que remontam à sociedade da época e relembram a importância dos Tupinambá, frutos da mistura de índios homônimos, com a família nobre de Itaguaí. “O resgate dessa memória é importante para que o município mantenha viva a sua cultura”, afirma Gustavo, que é autor do livro “Itaguaí, a cidade do Porto”. A obra conta a História da cidade, que antes era chamada de Vila de Itaguaí, utilizada como ponto de descanso de viajantes entre Rio e São Paulo.

A Casa de Cultura de Itaguaí fica na Rua Ismael Cavalcante, s/nº - Centro de Itaguaí, antiga estação ferroviária do município. Mais informações pelo telefone (21) 2688-8460.

Quem foi o Conde de Itaguaí
Antônio Dias Pavão foi o primeiro e único barão, visconde com grandeza e conde de Itaguaí. Destacou-se como fazendeiro, produtor de açúcar, café e aguardente, acumulando grande fortuna, empregada em obras de caridade e instituições sociais. Durante a Guerra do Paraguai, doou dezessete contos de réis ao Governo e colaborou municiando e fardando seis voluntários. Foi tenente-coronel do exército brasileiro e um dos fundadores e grandes beneméritos da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Fonte: Baixada Fácil